Os fãs de Fórmula 1 tiveram uma sexta-feira eletrizante no circuito Gilles Villeneuve, com George Russell mostrando um ritmo impressionante no segundo treino livre para o GP do Canadá. O piloto da Mercedes cravou o melhor tempo da sessão, desbancando Max Verstappen, que havia dominado a primeira atividade do dia. A disputa entre equipes e pilotos promete esquentar ainda mais neste fim de semana.

Desempenho dos pilotos e equipes no segundo treino

Russell marcou 1min12s123, garantindo a liderança da sessão. Logo atrás, Lando Norris colocou a McLaren de volta na briga ao terminar em segundo lugar, seguido por Kimi Antonelli, também da Mercedes, que fechou o pódio do treino. O brasileiro Gabriel Bortoleto, piloto da Sauber, teve uma boa recuperação e terminou em 13º.

O Top 10 da sessão ficou assim:

  • 1º – George Russell (ING/Mercedes), 1min12s123

  • 2º – Lando Norris (ING/McLaren), 1min12s151

  • 3º – Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), 1min12s411

  • 4º – Alexander Albon (TAI/Williams), 1min12s445

  • 5º – Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), 1min12s458

  • 6º – Oscar Piastri (AUS/McLaren), 1min12s562

  • 7º – Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams), 1min12s631

  • 8º – Lewis Hamilton (ING/Ferrari), 1min12s653

  • 9º – Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1min12s666

  • 10º – Liam Lawson (NZL/Red Bull), 1min12s751

Contexto da disputa e estratégias adotadas

A McLaren, que havia ficado apagada no primeiro treino, mostrou evolução com Norris liderando os primeiros minutos da sessão. Apesar disso, ele perdeu ritmo e só conseguiu se recuperar no final, garantindo a segunda colocação. Oscar Piastri também melhorou seu desempenho, terminando em sexto.

Russell foi o primeiro a baixar para a casa de 1min12, impondo um ritmo forte e consistente. Verstappen, por sua vez, teve uma atuação mais discreta, ficando em nono lugar, atrás até mesmo do heptacampeão Lewis Hamilton, que não conseguiu extrair o máximo da Ferrari nesta sessão.

O treino também foi marcado por incidentes, como a bandeira amarela provocada pelo furo no pneu dianteiro esquerdo de Lance Stroll. Bortoleto e Nico Hülkenberg começaram com compostos duros e ficaram nas últimas posições, mas o brasileiro conseguiu se recuperar ao longo da sessão.

Ausência de Leclerc e próximos passos no GP do Canadá

Charles Leclerc não participou do segundo treino devido aos danos causados após um acidente na primeira sessão. A Ferrari divulgou um comunicado explicando que a célula de sobrevivência do SF-25 precisará ser substituída. O piloto monegasco deve retornar para o treino que antecede a classificação no sábado.

Os pilotos retornam ao circuito Gilles Villeneuve neste sábado para a terceira sessão livre, marcada para as 13h30, seguida pela definição do grid às 17h. A corrida está programada para domingo, com largada às 15h.

Impacto das condições climáticas e do asfalto no desempenho

O clima em Montreal tem sido um fator decisivo para as equipes durante o fim de semana. A temperatura amena e o céu parcialmente nublado favoreceram a aderência dos pneus, permitindo que os pilotos explorassem os limites dos carros sem grandes riscos de superaquecimento. No entanto, a previsão indica possibilidade de chuva para o domingo, o que pode alterar significativamente as estratégias de corrida.

Além disso, o asfalto do circuito Gilles Villeneuve é conhecido por ser bastante abrasivo, exigindo um equilíbrio delicado entre velocidade e conservação dos pneus. Isso ficou evidente no desgaste observado em alguns pilotos, especialmente aqueles que optaram por compostos mais macios no início da sessão. A gestão dos pneus será um dos pontos-chave para o sucesso na corrida.

Desempenho dos brasileiros e expectativas para Bortoleto

Gabriel Bortoleto, apesar de ainda estar se adaptando ao ritmo da Fórmula 1, mostrou sinais promissores ao avançar para a 13ª posição no segundo treino. Sua evolução ao longo da sessão indica que a Sauber está conseguindo ajustar o carro para maximizar o desempenho do jovem piloto. A expectativa é que ele consiga manter essa trajetória ascendente nas próximas atividades.

Outro brasileiro, Lance Stroll, enfrentou dificuldades após o furo no pneu, que comprometeu seu desempenho no treino. A Aston Martin terá trabalho para recuperar o ritmo do piloto canadense-brasileiro, que busca se firmar entre os primeiros colocados na temporada.

Rivalidades e estratégias para a classificação

A disputa entre Mercedes e Red Bull continua sendo o principal foco do GP do Canadá. Enquanto Russell demonstra consistência e velocidade, Verstappen precisa encontrar respostas rápidas para recuperar a liderança, especialmente com a pressão crescente de pilotos como Norris e Alonso, que têm mostrado competitividade surpreendente.

As equipes também estão avaliando diferentes estratégias para a classificação, considerando o desgaste dos pneus e o tráfego na pista. A escolha do momento ideal para a volta rápida pode ser determinante, principalmente em um circuito onde ultrapassagens são desafiadoras.

Além disso, a ausência de Leclerc no segundo treino abre espaço para que outros pilotos aproveitem a oportunidade e ganhem posições importantes no grid. A Ferrari, por sua vez, trabalha intensamente para reparar o carro e garantir que seu principal piloto esteja competitivo para a classificação.

Aspectos técnicos e inovações observadas

Algumas equipes trouxeram atualizações aerodinâmicas para o GP do Canadá, buscando melhorar a eficiência nas retas longas e a estabilidade nas curvas rápidas do circuito. A Mercedes, por exemplo, ajustou o equilíbrio do carro de Russell, o que parece ter contribuído para seu desempenho superior no segundo treino.

Já a McLaren aposta em uma configuração que privilegia a tração na saída das curvas, o que tem beneficiado Norris e Piastri em setores técnicos da pista. A Aston Martin, por sua vez, enfrenta desafios para encontrar o ponto ideal entre velocidade e controle, especialmente após o incidente com Stroll.

Essas nuances técnicas prometem influenciar diretamente o ritmo da corrida e as decisões estratégicas das equipes durante o GP.

Com informações do: ISTOÉ