O Boca Juniors teve uma grande oportunidade de garantir sua vaga nas oitavas de final do Mundial de Clubes, mas acabou deixando escapar a vitória diante do Benfica. No Grupo C, era esperado que o Auckland City, time amador da Nova Zelândia, fosse facilmente superado, o que deixava os argentinos em boa posição com a vantagem de 2 a 0. No entanto, o Benfica reagiu e buscou o empate em 2 a 2, com gols de argentinos, deixando a definição da segunda colocação, atrás do poderoso Bayern de Munique, para ser decidida no saldo de gols.
Superação e reação em campo
Considerado azarão contra o Benfica, o Boca Juniors mostrou muita garra ao marcar seus dois gols em contra-ataques rápidos, com Merentiel e Battaglia. Mesmo com um jogador a menos, os portugueses não desistiram e conseguiram o empate com gols de Di María, de pênalti, e Otamendi, que escapou de uma situação complicada para igualar o placar.
Desafio contra o Bayern de Munique
Agora, o Boca enfrenta um dos maiores desafios da competição: o Bayern de Munique. O time alemão humilhou o Auckland City com uma goleada de 10 a 0 e é o principal favorito do grupo. O confronto entre Bayern e Benfica promete ser decisivo, com os portugueses precisando de uma vitória com muitos gols para avançar.
A torcida e a ausência de Cavani
Os torcedores xeneizes invadiram Miami com muita festa e confiança, mesmo com a equipe longe de suas melhores fases recentes, sem vaga garantida na fase de grupos da Libertadores e ausente na Sul-Americana. A energia da torcida foi fundamental para motivar o time, que sentiu a ausência do experiente centroavante uruguaio Edinson Cavani, fora por lesão muscular.
Contexto histórico e tático
Otamendi e Di María, campeões mundiais com a seleção argentina, foram pilares do Benfica, clube que busca um título mundial que escapou nas finais dos anos 60 contra Peñarol e Santos. No Hard Rock Stadium, o Benfica mostrou um esquema 4-2-3-1 ofensivo e bem ajustado, enfrentando o 4-4-2 reativo do Boca. Di María foi uma peça-chave, só parado com faltas.
Merentiel abriu o placar para o Boca em um contra-ataque bem executado, dando um respiro ao time que enfrentava dificuldades no meio-campo e já havia perdido Herrera por lesão. Battaglia ampliou de cabeça, colocando o Boca em vantagem confortável até o pênalti marcado pelo VAR em falta de Otamendi, convertido com perfeição por Di María.
No segundo tempo, o Boca tentou controlar o jogo, mas a entrada dos turcos Kokçu e Akturkoglu no Benfica mudou o ritmo. A expulsão de Belotti após revisão do VAR facilitou as ações portuguesas, mas o Boca não conseguiu segurar a vantagem. Otamendi marcou o gol de empate de cabeça nos minutos finais, e Marchesín fez defesas importantes para evitar a virada nos acréscimos.
Impacto das decisões do VAR e polêmicas em campo
O uso do VAR foi decisivo para o desenrolar da partida, especialmente na marcação do pênalti para o Benfica e na expulsão de Belotti. Essas decisões geraram debates acalorados entre torcedores e especialistas, que questionaram a interpretação dos lances e o momento em que foram aplicadas. A arbitragem, que já vinha sendo alvo de críticas em outras partidas do Mundial de Clubes, voltou a ser um fator que influenciou diretamente o resultado, mostrando como a tecnologia pode ser uma faca de dois gumes no futebol moderno.
Desempenho individual e destaques do jogo
Além de Merentiel e Battaglia, que foram fundamentais para o Boca Juniors, o goleiro Agustín Rossi merece destaque pelas defesas importantes, especialmente nos momentos finais, quando o time buscava segurar o empate. Do lado do Benfica, Di María foi o maestro em campo, comandando as jogadas ofensivas e mostrando porque ainda é um dos jogadores mais respeitados do futebol mundial. Otamendi, apesar de ter cometido a falta que originou o pênalti, se redimiu com o gol de empate, demonstrando sua experiência e liderança.
Implicações para a classificação do Grupo C
Com o empate, o Boca Juniors mantém viva a esperança de avançar às oitavas, mas dependerá não apenas de sua própria performance contra o Bayern de Munique, mas também do resultado entre Benfica e Auckland City. O saldo de gols, que pode ser decisivo, coloca o time argentino em uma situação delicada, já que o Bayern demonstrou um poder ofensivo avassalador. Essa dinâmica cria um cenário de alta tensão para as próximas rodadas, onde cada gol poderá fazer a diferença.
Preparação e estratégias para os próximos jogos
O técnico do Boca Juniors terá que ajustar a equipe para enfrentar o Bayern, possivelmente reforçando a marcação e buscando alternativas ofensivas para superar a forte defesa alemã. A ausência de Cavani continua sendo um problema, e a comissão técnica pode apostar em jovens talentos ou mudanças táticas para compensar essa baixa. Já o Benfica, com a confiança renovada após a virada, deve manter o ritmo ofensivo e explorar as fragilidades do Auckland City para garantir a classificação.
Repercussão entre a imprensa e torcedores
Nas redes sociais e na imprensa esportiva, o empate foi visto como um resultado justo, mas que deixou um gosto amargo para o Boca Juniors, que parecia ter o controle do jogo até a metade do segundo tempo. A torcida xeneize, apesar da frustração, reconheceu a entrega dos jogadores e a dificuldade enfrentada contra um adversário europeu tradicional. Já os fãs do Benfica celebraram a capacidade de reação e a resiliência do time, que mostrou que não se entrega facilmente, mesmo em situações adversas.
Contexto do Mundial de Clubes e sua importância para os clubes sul-americanos
O Mundial de Clubes é uma vitrine importante para equipes sul-americanas como o Boca Juniors, que buscam reafirmar sua força diante dos gigantes europeus. A competição, que reúne os campeões continentais, serve não apenas para medir forças, mas também para abrir portas para negociações e visibilidade internacional. Para o Boca, um bom desempenho pode significar a retomada de prestígio após temporadas difíceis, enquanto para o Benfica, a busca pelo título mundial é uma forma de coroar uma geração talentosa que ainda não conquistou esse troféu.
Próximos passos e expectativas para o torneio
Com o grupo ainda indefinido, as próximas partidas prometem ser emocionantes e decisivas. O Boca Juniors terá que mostrar sua melhor versão para tentar surpreender o Bayern, enquanto o Benfica precisa manter a consistência para não ser eliminado precocemente. O Mundial de Clubes segue como um palco onde histórias de superação, rivalidade e talento são escritas, e os fãs de futebol ao redor do mundo acompanham atentos cada lance e cada resultado.
Com informações do: ISTOÉ