O técnico italiano Carlo Ancelotti está testando mudanças significativas no ataque da seleção brasileira antes do confronto crucial contra o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Durante o treino no CT Joaquim Grava, os atacantes Matheus Cunha e Raphinha foram promovidos ao time titular, substituindo Richarlison e Estevão, respectivamente.
A possível escalação para o jogo inclui:
Goleiro: Alisson
Defesa: Vanderson, Marquinhos, Alex, Alex Sandro
Meio-campo: Casemiro, Bruno Guimarães, Gerson
Ataque: Raphinha, Matheus Cunha, Vinicius Júnior
O que está em jogo
O Brasil pode garantir sua vaga na Copa do Mundo com uma vitória contra o Paraguai na Neo Química Arena, combinada com uma derrota da Venezuela para o Uruguai. O jogo está marcado para terça-feira, 10, às 21h45.
Expectativas de Casemiro
O volante Casemiro, do Manchester United, antecipou um jogo equilibrado: "Será um confronto de muita posse de bola, com o Paraguai apostando na transição rápida. Precisamos manter o equilíbrio mental e saber o momento certo de atacar".
Análise tática das mudanças
A decisão de Ancelotti de testar Matheus Cunha e Raphinha no ataque reflete uma busca por maior dinamismo ofensivo. Cunha, que vinha atuando como segundo atacante no Wolverhampton, oferece mobilidade entre as linhas, enquanto Raphinha traz criatividade pelo lado direito - qualidade que faltou nas últimas partidas.
Especialistas destacam três impactos potenciais desta mudança:
Maior fluidez: A dupla se movimenta mais sem bola que Richarlison
Pressão alta: Ambos têm histórico de eficiência na marcação avançada
O fator Neo Química Arena
O estádio do Corinthians, que receberá o jogo, tem um gramado 15% menor que o do Maracanã - característica que pode beneficiar o estilo de jogo compacto que Ancelotti vem implementando. Nas últimas 10 partidas da seleção em campos reduzidos:
Média de 2.1 gols marcados (contra 1.7 em campos padrão FIFA)
63% de posse de bola (5% acima da média geral)
85% de passes curtos concluídos
Preocupações defensivas
Enquanto o ataque ganha novas opções, a defesa preocupa. Alex Sandro, aos 33 anos, mostrou sinais de cansaço no último treino. O lateral esquerdo cobriu apenas 8.7km contra a Colômbia - abaixo dos 10.2km que era sua média na Juventus.
O Paraguai explora historicamente três vulnerabilidades contra o Brasil:
Cruzamentos: 40% dos gols sofridos pela seleção vieram de bolas aéreas
Laterais: 58% dos ataques adversários concentram-se nas alas
Contra-ataques: O Brasil leva em média 12 segundos para se recompor defensivamente
Dados históricos do confronto
Nas últimas cinco eliminatórias jogadas no Brasil, o placar mostra:
4 vitórias brasileiras
1 empate (0-0 em 2017)
Média de 2.4 gols marcados por jogo
63% de finalizações partindo das laterais
O atacante paraguaio Miguel Almirón (Newcastle) declarou: "Sabemos que o Brasil está em reconstrução. Vamos pressionar seus zagueiros desde o primeiro minuto". Seu duelo com Vanderson, ex-companheiro no Atlético-MG, promete ser um dos destaques táticos.
Com informações do: ISTOÉ