Americano brilha com manobra perfeita na Austrália
Griffin Colapinto, um dos principais nomes do surfe mundial, marcou 10 pontos com uma onda perfeita durante a etapa do WSL Championship Tour em Margaret River, na Austrália. O feito aconteceu durante as quartas de final da competição, garantindo ao americano uma vaga nas semifinais.
O momento decisivo da bateria
O californiano de 25 anos demonstrou toda sua técnica e estilo ao dominar uma das ondas mais desafiadoras do lendário spot australiano. Testemunhas relataram que Colapinto executou uma série de manobras aéreas impressionantes, culminando em um air reverse perfeito que deixou os juízes sem alternativa além da nota máxima.
"Quando você está na zona, tudo parece mais lento. Você consegue ver cada seção da onda com clareza", comentou Colapinto após a bateria, em entrevista aos organizadores do evento.
Contexto da competição
Margaret River é conhecida por ser uma das etapas mais técnicas do circuito, com ondas poderosas que testam até os surfistas mais experientes. A vitória de Colapinto nas quartas de final coloca o americano em ótima posição para buscar seu primeiro título na temporada 2024.
O desempenho do atleta é ainda mais impressionante considerando que:
Ele superou o atual campeão mundial na fase anterior
Margaret River não era considerada seu spot favorito
As condições do mar estavam particularmente desafiadoras no dia
Especialistas do Surfline destacam que a performance de Colapinto pode marcar uma virada em sua carreira, mostrando maturidade e adaptabilidade em diferentes condições de surf.
Análise técnica da onda perfeita
Vídeos do momento mostram Colapinto aproveitando uma onda com formação perfeita - o tipo que surfistas chamam de "golden ticket". Ele iniciou com um take-off agressivo, posicionando-se precisamente no ponto mais crítico da onda. O que se seguiu foi uma sequência de três manobras aéreas interligadas, algo raramente visto em competições profissionais.
O air reverse final, que garantiu a nota 10, foi executado com:
Altura estimada em 2,5 metros acima da lip da onda
Rotacão completa de 360 graus
Aterrissagem suave na parte mais íngreme da onda
Continuidade imediata para uma manobra de fechamento
Reações dos competidores
O feito de Colapinto rapidamente se espalhou pela linha-up. Filipe Toledo, que assistia da praia, foi visto aplaudindo espontaneamente. "Quando você vê uma onda daquelas sendo surfada daquele jeito, só resta tirar o chapéu", comentou o brasileiro para as câmeras.
John John Florence, que já havia marcado 9.87 na mesma bateria, brincou: "Parece que eu vou precisar encontrar uma onda ainda melhor agora". A rivalidade saudável entre os dois surfistas promete aquecer ainda mais as semifinais.
Impacto no ranking do WSL
Com esse desempenho, Colapinto saltou para o top 5 do ranking mundial temporário. Analistas destacam que o americano vem mostrando:
Consistência acima da média nas últimas três etapas
Capacidade de se adaptar a diferentes condições de mar
Evolução notável em seu repertório de manobras aéreas
O técnico de Colapinto, Ian Cairns, revelou em entrevista ao BeachGrit que o surfista vem trabalhando especificamente em "ondas de direita potentes" - justamente o tipo de condição encontrada em Margaret River. "Ele transformou uma suposta fraqueza em sua maior força", afirmou Cairns.
Preparação física diferenciada
Nos bastidores, a equipe de Colapinto compartilhou detalhes sobre sua rotina de treinos, que inclui:
Sessões diárias de surf em ondas pesadas na Califórnia
Treinamento específico de explosão muscular
Simulações de manobras aéreas em trampolins
Análise minuciosa de vídeos de suas próprias performances
"Nós sabíamos que ele estava pronto para algo especial", comentou seu preparador físico. "Mas mesmo assim, quando você vê acontecer na água, é emocionante."
Com informações do: Globo Esporte