A Aston Martin pode precisar de um substituto para Lance Stroll no próximo Grande Prêmio do Canadá após o piloto canadense abandonar a corrida na Espanha devido a dores na mão. A situação coloca o brasileiro Felipe Drugovich como principal candidato para assumir o volante caso Stroll não se recupere a tempo.

Felipe Drugovich, atual piloto reserva da equipe e campeão da Fórmula 2 em 2022, seria a escolha mais lógica. O brasileiro já conhece o carro e a equipe, tendo participado de sessões de testes e treinos livres. Sua experiência recente em categorias de base e desempenho consistente o tornam um substituto seguro.

No entanto, qualquer opção diferente de Drugovich exigiria tempo de adaptação que a equipe pode não ter antes do GP do Canadá. A logística de contratar um piloto de última hora também pesa contra alternativas externas.

O histórico de lesões de Stroll

Esta não é a primeira vez que Lance Stroll enfrenta problemas físicos durante uma temporada. Em 2020, ele sofreu um acidente nos treinos para o GP do Bahrein e precisou ser substituído por Hülkenberg. A recorrência de lesões levanta questões sobre sua condição física para enfrentar uma temporada completa da F1.

As pistas de rua, como o Circuito Gilles Villeneuve em Montreal, são particularmente desafiadoras para pilotos com dores nas mãos devido às constantes vibrações e impactos nos meio-fios. Será que a Aston Martin vai arriscar colocar Stroll no carro se ele não estiver 100% recuperado?

A equipe terá pouco mais de uma semana para avaliar a condição de Stroll e tomar uma decisão. O calendário apertado da F1 não permite adiamentos - os primeiros treinos livres em Montreal começam já na sexta-feira seguinte à corrida na Espanha. Isso significa que os médicos da equipe precisarão trabalhar rapidamente para avaliar se as lesões nas mãos do canadense são capazes de aguentar 70 voltas em uma das pistas mais exigentes fisicamente do calendário.

E não se trata apenas da corrida em si. Os treinos e classificatórios no Canadá são igualmente desgastantes, com os pilotos precisando explorar ao máximo os limites do carro para conseguir um bom grid position. Vale lembrar que em 2023, o próprio Stroll sofreu um grave acidente durante os treinos classificatórios em Montreal, mostrando como o circuito pode ser traiçoeiro.

O que Drugovich precisa provar

Caso tenha a oportunidade, Felipe Drugovich enfrentará pressão imediata por resultados. Apesar de ser uma substituição de última hora, os olhos do mundo da F1 estarão sobre ele - especialmente considerando que a vaga de Stroll na Aston Martin tem sido questionada por parte da imprensa especializada e dos fãs.

O brasileiro precisaria encontrar um equilíbrio delicado: mostrar velocidade suficiente para justificar uma eventual promoção no futuro, mas sem cometer erros que poderiam custar caro à equipe no campeonato de construtores. A Aston Martin atualmente luta por cada ponto no meio do grid, onde as diferenças entre as equipes são mínimas.

Além disso, Drugovich teria a difícil tarefa de se comparar diretamente com Fernando Alonso, um dos pilotos mais experientes e talentosos do grid. Como o espanhol tem extraído consistentemente o máximo do carro, qualquer diferença de desempenho seria imediatamente notada e analisada.

Com informações do: Globo Esporte