Aos 39 anos, Marta, considerada a maior jogadora da história do futebol feminino, foi convocada pelo técnico Arthur Elias para defender a Seleção Brasileira na Copa América Feminina de 2024, que será realizada no Equador entre 12 de julho e 2 de agosto.

O retorno de Marta à Seleção Brasileira

Apesar de ter anunciado que a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 marcaria o fim de seu ciclo na seleção, Marta voltou a atuar pelo Brasil em dois amistosos contra o Japão, realizados em São Paulo nos dias 30 de maio e 2 de junho, com vitórias brasileiras por 3 a 1 e 2 a 1, respectivamente.

Arthur Elias destacou a importância da jogadora: “A Marta vive um grande momento. Eu não sei nem quando ela não teve esse grande momento. É um fenômeno do nosso futebol”, afirmou em entrevista coletiva ao anunciar a lista de 23 convocadas para o torneio continental.

Posicionamento e desempenho recente

Campeã pelo Orlando Pride na NWSL dos Estados Unidos em 2023, Marta entrou no segundo tempo do primeiro amistoso contra o Japão e foi titular no segundo, sendo substituída aos 73 minutos. Tradicionalmente atacante, a camisa 10 foi escalada no meio-campo pelo treinador, que acredita que ela está totalmente apta para atuar nessa função: “Acredito que ela está totalmente capaz para nos ajudar nessa função, que é a que eu mais vejo ela hoje dentro da Seleção Brasileira.”

Perspectivas para o futuro e elenco convocado

Marta revelou que vive “um dia de cada vez”, mas já pensa na possibilidade de disputar a Copa do Mundo Feminina de 2027, que será sediada pelo Brasil, o que representaria sua sétima participação no Mundial.

Além de Marta, a lista de convocadas traz nomes importantes como:

  • Tarciane (zagueira, Lyon)

  • Antônia (lateral, Real Madrid), retornando após lesão

  • Gio e Luany (atacantes, Atlético de Madrid)

  • Kerolin (atacante, Manchester City)

Antes da estreia na Copa América, a Seleção Brasileira feminina encara um amistoso contra a França no dia 27 de junho, em Grenoble.

Lista completa de convocadas para a Copa América Feminina 2024

Goleiras: Lorena (Kansas City/EUA), Claudia (Fluminense) e Camila (Cruzeiro).

Defensoras: Isa Haas (Cruzeiro), Kaká (São Paulo), Tarciane (Lyon/FRA), Mariza (Corinthians), Fê Palermo (Palmeiras), Fátima Dutra (Ferroviária), Yasmim e Antônia (Real Madrid/ESP).

Meio-campistas: Angelina (Orlando Pride/EUA), Duda Sampaio (Corinthians), Ary Borges (Racing Louisville/EUA) e Ana Vitória (Atlético de Madrid/ESP).

Atacantes: Kerolin (Manchester City/ING), Gio e Luany (Atlético de Madrid/ESP), Dudinha (São Paulo), Marta (Orlando Pride/EUA), Amanda Gutierres (Palmeiras), Gabi Portilho (NJ-NY Gotham/EUA) e Jhonson (Corinthians).

Desafios e expectativas para a Copa América Feminina

A Copa América Feminina é um torneio fundamental para a Seleção Brasileira, não apenas pela tradição, mas também pela importância na classificação para eventos maiores, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos. O Brasil, que já conquistou o título em oito ocasiões, chega como favorito, mas enfrenta adversárias cada vez mais competitivas, como a Argentina, Colômbia e Chile, que vêm investindo pesado no desenvolvimento do futebol feminino.

O técnico Arthur Elias ressaltou que o grupo está focado em manter a hegemonia continental, mas reconhece que o nível técnico das equipes sul-americanas evoluiu significativamente: “Hoje, não existe mais jogo fácil. Todas as seleções estão mais preparadas, com atletas jogando em grandes ligas pelo mundo. Precisamos estar atentos e preparados para cada desafio.”

O impacto de Marta dentro e fora de campo

Além de sua habilidade técnica e experiência, Marta exerce um papel de liderança dentro do vestiário. Sua presença inspira as jovens atletas e reforça a importância da representatividade no esporte. A camisa 10 é frequentemente citada como exemplo de superação e dedicação, especialmente para meninas que sonham em seguir carreira no futebol.

Recentemente, Marta participou de campanhas para promover a igualdade de gênero no esporte e o combate ao preconceito, reforçando seu compromisso com causas sociais. Essa atuação fora das quatro linhas fortalece sua imagem como uma das maiores embaixadoras do futebol feminino mundial.

Preparação física e técnica para o torneio

O corpo técnico da Seleção Brasileira tem investido em uma preparação física rigorosa para garantir que as atletas estejam no auge durante a competição. Com jogos em altitudes variadas no Equador, a adaptação ao clima e à altitude é um dos focos principais dos treinamentos.

Além disso, a comissão técnica tem trabalhado em estratégias táticas que valorizam a posse de bola e a velocidade nas transições ofensivas, aproveitando a versatilidade de jogadoras como Marta, Ary Borges e Kerolin. A expectativa é que o time consiga impor seu estilo de jogo, combinando experiência e juventude.

O papel das jovens promessas na renovação da Seleção

Embora a experiência de Marta seja um diferencial, a renovação do elenco é uma pauta constante para o futuro do futebol feminino brasileiro. Jogadoras como Duda Sampaio e Angelina têm mostrado grande potencial em suas atuações recentes, ganhando espaço e confiança do treinador.

Essa mescla entre veteranas e jovens talentos cria um ambiente competitivo e saudável, essencial para manter o Brasil entre as potências do futebol feminino mundial. A Copa América Feminina servirá como um termômetro para avaliar o desenvolvimento dessas atletas e identificar quem poderá ser peça-chave nas próximas competições internacionais.

Repercussão da convocação e apoio da torcida

A convocação de Marta gerou grande repercussão nas redes sociais e na mídia esportiva, com torcedores demonstrando entusiasmo e esperança de que a Seleção Brasileira conquiste mais um título continental. A expectativa é que a torcida acompanhe de perto a campanha, especialmente com a proximidade da Copa do Mundo de 2027, que será realizada em solo brasileiro.

Além disso, a presença de jogadoras que atuam em clubes internacionais reforça a visibilidade do futebol feminino brasileiro no exterior, atraindo mais investimentos e parcerias para o desenvolvimento da modalidade no país.

Com informações do: ISTOÉ