O WTA 500 de Queen’s, tradicional torneio disputado em quadras de grama, trouxe surpresas nas quartas de final nesta sexta-feira (13). Duas das principais favoritas, a americana Emma Navarro, número 10 do mundo, e a cazaque Elena Rybakina, número 11, foram eliminadas, abrindo caminho para novas protagonistas na competição.

Desempenho das favoritas nas quartas de final

Emma Navarro, que vinha mostrando um tênis consistente na temporada, foi superada por sua compatriota Amanda Anisimova, número 15 do ranking, com parciais de 6-3 e 6-3. A partida evidenciou a força da jovem Anisimova, que tem se destacado em torneios de grama e busca consolidar seu espaço entre as melhores do circuito.

Já Elena Rybakina, campeã de Wimbledon em 2022 e uma das jogadoras mais perigosas em superfícies rápidas, foi derrotada pela alemã Tatjana Maria, número 86 do mundo. Maria venceu com parciais de 6-4 e 7-6 (7/4), em um duelo equilibrado que mostrou a experiência e a capacidade de resistência da alemã, que nas oitavas já havia eliminado a tcheca Karolina Muchova, número 14 do ranking.

Próximos confrontos e destaque para as surpresas

Com as eliminações das favoritas, as semifinais prometem partidas intensas e imprevisíveis. Tatjana Maria enfrentará a americana Madison Keys, número 8 do mundo e campeã do Aberto da Austrália em janeiro, em busca de uma vaga na final. Do outro lado, Amanda Anisimova terá pela frente a chinesa Zheng Qinwen, número 5 e principal cabeça de chave do torneio.

Zheng Qinwen também protagonizou uma vitória importante ao eliminar a britânica Emma Raducanu, número 37 do ranking e campeã do US Open em 2021, com parciais de 6-2 e 6-4. A eliminação da esperança local Raducanu representa um momento decisivo para o torneio, que agora se encaminha para uma fase final bastante aberta.

Resultados das quartas de final do WTA 500 de Queen’s

  • Zheng Qinwen (CHN) x Emma Raducanu (GBR) 6-2, 6-4

  • Amanda Anisimova (EUA) x Emma Navarro (EUA) 6-3, 6-3

  • Tatjana Maria (ALE) x Elena Rybakina (CAZ) 6-4, 7-6 (7/4)

  • Madison Keys (EUA) x Diana Shnaider (RUS/N.5) 2-6, 6-3, 6-4

Contexto e análise do torneio

O WTA 500 de Queen’s é um dos eventos mais importantes da temporada de grama, servindo como preparação para Wimbledon, o Grand Slam mais tradicional do circuito. A competição reúne jogadoras de alto nível que buscam ajustar seu jogo para as condições específicas da grama, que exige rapidez, reflexos e adaptação tática.

As eliminações de Navarro e Rybakina mostram como o torneio está aberto para surpresas, especialmente com atletas como Tatjana Maria, que apesar de estar fora do top 50, tem mostrado grande competitividade. Além disso, a presença de jovens promessas como Zheng Qinwen e Anisimova indica uma renovação no circuito feminino, com uma geração que combina talento e versatilidade.

Esses resultados também refletem a intensidade do calendário da WTA, onde a adaptação rápida entre superfícies é fundamental para o sucesso. A grama, em particular, é uma superfície que pode nivelar o jogo, favorecendo quem consegue impor um estilo agressivo e aproveitar as oportunidades nos pontos decisivos.

Impacto das condições da grama no desempenho das jogadoras

A grama é conhecida por ser a superfície mais rápida do circuito, o que exige das atletas uma adaptação técnica e física específica. Jogadoras com bom saque, movimentação ágil e capacidade de finalizar pontos rapidamente tendem a se destacar. Isso explica, em parte, o sucesso de Tatjana Maria, que utiliza um estilo agressivo e varia bem seus golpes, além de apresentar um saque eficiente para a superfície.

Por outro lado, atletas como Emma Navarro, que possuem um jogo mais baseado em consistência e construção de pontos longos, enfrentam maiores desafios para se adaptar ao ritmo acelerado da grama. Essa diferença tática pode ter sido um fator decisivo para sua eliminação precoce, mesmo com o bom momento na temporada.

Além disso, a condição física e a experiência em torneios de grama são cruciais. Madison Keys, por exemplo, tem um histórico sólido em Wimbledon e outros eventos na grama, o que a torna uma adversária difícil para qualquer jogadora, especialmente em partidas de alta pressão como as semifinais.

Perspectivas para as semifinais e possíveis estratégias

O confronto entre Tatjana Maria e Madison Keys promete ser um duelo de estilos contrastantes. Maria deverá apostar em sua variação de golpes e na capacidade de manter a calma nos momentos decisivos, enquanto Keys provavelmente tentará impor seu poder de ataque e explorar o saque para dominar os pontos rapidamente.

Na outra semifinal, Amanda Anisimova e Zheng Qinwen trazem uma disputa entre duas jovens com grande potencial. Anisimova, conhecida por sua agressividade e golpes potentes, terá que lidar com a consistência e a movimentação de Zheng, que vem surpreendendo com sua maturidade tática apesar da pouca idade.

Ambas as partidas podem ser definidas por detalhes, como a eficácia no saque, a capacidade de aproveitar break points e a resistência mental em momentos de pressão. A grama, com sua imprevisibilidade, pode favorecer quem conseguir manter o foco e adaptar rapidamente a estratégia durante o jogo.

Repercussão no circuito e expectativas para Wimbledon

Os resultados em Queen’s já começam a influenciar o cenário para Wimbledon, que terá início em poucas semanas. Jogadoras que avançam nas fases finais ganham confiança e ritmo, elementos essenciais para um bom desempenho no Grand Slam.

Além disso, a ascensão de jogadoras como Tatjana Maria e Zheng Qinwen pode alterar o equilíbrio de forças no circuito, trazendo mais competitividade e incertezas para os próximos torneios. A diversidade de estilos e a renovação geracional são aspectos que enriquecem o tênis feminino, tornando cada partida mais imprevisível e emocionante para os fãs.

Por fim, a atenção estará voltada para como as atletas irão ajustar seus treinamentos e estratégias para Wimbledon, especialmente considerando as condições climáticas e a pressão de um dos maiores palcos do esporte mundial.

Com informações do: ISTOÉ