Djokovic busca consolidar seu legado em Roland Garros

Novak Djokovic, o sérvio de 36 anos que já conquistou 100 títulos em sua carreira, está mais uma vez nas quartas de final de Roland Garros nesta quarta-feira. Com transmissão ao vivo pelo Disney+, o torneio pode ser um passo crucial em sua jornada para se tornar o maior campeão da história do tênis.

Mas o que exatamente separa Djokovic desse título tão cobiçado? E quantos troféus ele ainda precisa conquistar para superar os recordes estabelecidos por lendas como Roger Federer e Rafael Nadal?

Atualmente, Djokovic já detém vários recordes impressionantes:

  • Maior número de semanas como número 1 do ranking ATP

  • Único jogador a vencer todos os quatro Grand Slams pelo menos três vezes

  • Detentor do recorde de títulos do Australian Open

No entanto, quando se trata do número total de títulos, a competição ainda é acirrada. Roger Federer, que se aposentou em 2022, encerrou sua carreira com 103 títulos. Rafael Nadal, ainda ativo, possui 92 conquistas - mas com um foco impressionante em torneios de superfície de saibro.

O que Roland Garros significa para essa jornada?

Roland Garros sempre foi um torneio desafiador para Djokovic. Enquanto Nadal construiu sua lenda no saibro parisiense, o sérvio teve que se adaptar ao estilo de jogo exigido pela quadra lenta. Sua persistência rendeu frutos - ele já venceu o torneio duas vezes, em 2016 e 2021.

Uma nova vitória em Paris não apenas aumentaria sua contagem de Grand Slams (atualmente em 22, igualando Nadal), mas também fortaleceria seu argumento como o maior de todos os tempos. Afinal, quantos jogadores na história conseguiram dominar todas as superfícies com tanta consistência?

Os números que definem a grandeza no tênis

Para entender a magnitude da conquista de Djokovic, é preciso analisar além dos números absolutos. O sérvio possui uma eficiência impressionante em finais - venceu 100 dos 199 torneios que disputou, uma taxa de sucesso de 50,25%. Em comparação, Federer venceu 103 de 157 finais (65,6%), enquanto Nadal tem 92 vitórias em 128 finais (71,9%).

Mas será que essas porcentagens contam toda a história? Djokovic enfrentou uma era mais competitiva, com Federer e Nadal no auge, além de uma nova geração de talentos como Alcaraz e Medvedev. Sua capacidade de manter altos níveis por tanto tempo talvez seja seu maior feito.

A batalha pelos Grand Slams

O debate sobre o 'GOAT' (Greatest of All Time) no tênis frequentemente se concentra nos torneios de Grand Slam. Atualmente, Djokovic e Nadal estão empatados com 22 títulos cada, enquanto Federer encerrou a carreira com 20. Mas a distribuição desses títulos revela estratégias diferentes:

  • Djokovic: 10 Australian Open, 6 Wimbledon, 3 US Open, 2 Roland Garros

  • Nadal: 14 Roland Garros, 4 US Open, 2 Wimbledon, 2 Australian Open

  • Federer: 8 Wimbledon, 6 Australian Open, 5 US Open, 1 Roland Garros

O que é mais impressionante - a especialização de Nadal no saibro ou a versatilidade de Djokovic em todas as superfícies? E como isso afeta sua posição na história do esporte?

O fator longevidade

Aos 36 anos, Djokovic continua competindo no mais alto nível - algo que poucos tenistas conseguiram. Seu físico parece resistente, seu jogo continua evoluindo e sua motivação permanece intacta. Quantos títulos ele ainda pode conquistar?

Vale lembrar que Federer conquistou seu último título aos 37 anos (em Dubai 2019), enquanto Nadal, aos 36, ainda busca adicionar troféus à sua coleção. A janela de oportunidade para Djokovic pode estar se fechando, mas seu desempenho recente sugere que ainda há combustível no tanque.

Com informações do: ESPN