Aos 21 anos, Coco Gauff finalmente ergueu o troféu de Roland Garros após uma campanha impressionante. A tenista norte-americana, que havia perdido a final em 2022, superou a atual número 1 do mundo, Aryna Sabalenka, em uma partida de três sets (6-7, 6-2, 6-4) que durou mais de duas horas.

O jogo começou equilibrado, com Sabalenka levando vantagem no primeiro set após um tenso tie-break. Mas Gauff mostrou porque é considerada uma das maiores promessas do tênis feminino.

O que essa vitória significa para o tênis feminino?

Aos 21 anos, Gauff já possui dois títulos de Grand Slam - US Open 2023 e agora Roland Garros. Sua evolução no saibro é particularmente impressionante, considerando que muitas jogadoras levam anos para se adaptar à superfície.

Sabalenka, por outro lado, continua buscando seu primeiro título em Paris. A bielorrussa mostrou momentos de brilho, mas parecia afetada por problemas físicos no set final.

A estratégia que mudou o jogo

Analistas destacam que a virada de Gauff começou com uma mudança tática no segundo set. A americana passou a explorar mais o backhand de Sabalenka, tradicionalmente seu ponto fraco, e reduziu os erros não forçados: "Ela leu perfeitamente quando deveria avançar à rede", comentou Martina Navratilova para a ESPN. "Essa maturidade tática em alguém tão jovem é rara."

O fator torcida em Paris

O Court Philippe-Chatrier testemunhou um fenômeno incomum: a torcida francesa, tradicionalmente neutra em finais sem tenistas locais, adotou Gauff como "quase uma francesa". A americana, que fala francês fluentemente, conquistou o público. "Quando comecei a ouvir 'Allez Coco', senti que estava jogando em casa", disse Gauff na coletiva pós-jogo. A energia da torcida pareceu afetar Sabalenka, que reclamou ao árbitro sobre "barulhos entre os pontos".

O caminho até a final

A campanha de Gauff em Paris foi marcante desde as primeiras rodadas. Veja como ela chegou à decisão:

  • 3ª rodada: Venceu a ex-campeã Barbora Krejčíková em sets diretos

  • Oitavas: Superou a perigosa Elena Rybakina (7-5, 6-4)

  • Quartas: Dominou a compatriota Jessica Pegula em 68 minutos

  • Semifinal: Virou o jogo contra Iga Świątek após perder o primeiro set

Essa sequência mostra uma evolução clara em relação a 2022, quando dependeu mais do físico do que da variedade de jogadas. "Ela agora tem um slice eficiente e um drop shot que funciona mesmo no saibro lento", analisou Patrick Mouratoglou.

Com informações do: Metropoles