O Mundial de Judô em Budapeste, Hungria, tem sido palco de grandes emoções para os fãs brasileiros. No terceiro dia da competição, realizada entre 13 e 20 de junho, o Brasil garantiu suas primeiras medalhas, mostrando a força e a tradição do país nessa arte marcial que é destaque mundial.

Desempenho de Shirlen Nascimento na categoria até 57 kg

Shirlen Nascimento conquistou a medalha de bronze após uma disputa acirrada contra a judoca do Turcomenistão, Maysa Pardayeva. A luta foi marcada por momentos decisivos, incluindo uma revisão de vídeo que anulou um yuko aplicado por Shirlen nos instantes finais. Isso levou o confronto para o Golden Score, fase onde o primeiro a pontuar vence. Com técnica e determinação, a brasileira aplicou um waza-ari, garantindo o bronze para o Brasil.

Daniel Cargnin e a prata na categoria até 73 kg

Na categoria até 73 kg, Daniel Cargnin chegou à final contra o francês Joan-Benjamin Gaba. O combate foi equilibrado e decidido no Golden Score, onde o francês levou a melhor. Apesar da derrota na decisão do ouro, Cargnin garantiu a medalha de prata, a primeira do Brasil no Mundial deste ano.

Contexto e importância do Mundial de Judô

O Campeonato Mundial de Judô é um dos eventos mais importantes do calendário internacional da modalidade, reunindo atletas de elite de diversos países. O Brasil, com uma tradição consolidada no judô, já revelou campeões olímpicos e mundiais, e segue investindo em sua base para manter a competitividade global.

Budapeste, que sedia o evento em 2025, é uma cidade com forte ligação ao esporte, e o torneio serve como preparação para os próximos Jogos Olímpicos, além de ser uma vitrine para novos talentos.

Próximos desafios para o Brasil no Mundial

  • Atletas brasileiros ainda competirão em outras categorias até o encerramento do evento em 20 de junho.

  • O desempenho das equipes nacionais é acompanhado de perto por técnicos e fãs, que esperam ampliar o número de medalhas.

  • O Mundial também é uma oportunidade para avaliar estratégias e ajustar treinamentos para competições futuras.

Outros destaques brasileiros no Mundial

Além de Shirlen Nascimento e Daniel Cargnin, outros judocas brasileiros também mostraram desempenho consistente durante o Mundial. Na categoria até 81 kg, o atleta Pedro Silva avançou até as quartas de final, enfrentando adversários de alto nível, como o japonês Takanori Nagase, medalhista olímpico. Apesar da eliminação, Pedro demonstrou evolução técnica e resistência, pontos que serão fundamentais para as próximas competições.

Na categoria feminina até 63 kg, Ana Beatriz Souza também chamou atenção ao conquistar vitórias expressivas nas fases iniciais, mas acabou eliminada nas oitavas de final por uma judoca da Coreia do Sul. A jovem atleta é vista como uma promessa para os próximos ciclos olímpicos, e sua participação no Mundial reforça a importância da renovação no judô brasileiro.

Impacto do Mundial para o judô brasileiro

O desempenho dos atletas brasileiros em Budapeste reflete o trabalho contínuo das federações estaduais e da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), que investem em centros de treinamento e capacitação técnica. A presença em um evento de alto nível como o Mundial permite que os judocas ganhem experiência internacional e se adaptem às diferentes estratégias adotadas por competidores de outras regiões.

Além disso, o Mundial serve como parâmetro para a seleção nacional definir os nomes que representarão o Brasil nos Jogos Pan-Americanos e, principalmente, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A competição também é uma oportunidade para os técnicos avaliarem o desempenho individual e coletivo, ajustando planos de treinamento e estratégias de combate.

Relevância cultural e social do judô no Brasil

O judô é um dos esportes mais praticados no Brasil, com uma base sólida que vai desde a iniciação infantil até o alto rendimento. A modalidade é reconhecida não apenas pelo aspecto competitivo, mas também pelo papel social que desempenha, promovendo disciplina, respeito e inclusão social em diversas comunidades.

Grandes nomes do judô brasileiro, como Aurélio Miguel, Rafaela Silva e Mayra Aguiar, são exemplos de superação e inspiração para jovens atletas. O sucesso no Mundial reforça essa tradição e incentiva a continuidade do investimento em projetos sociais e esportivos que utilizam o judô como ferramenta de transformação.

Expectativas para os próximos dias de competição

  • Atletas nas categorias até 90 kg, 100 kg e acima de 100 kg ainda disputarão suas medalhas, com grandes chances de pódio para o Brasil.

  • O time feminino também busca ampliar sua participação no quadro de medalhas, especialmente nas categorias até 70 kg e até 78 kg.

  • O desempenho coletivo será fundamental para o Brasil manter-se entre as principais potências do judô mundial.

Com o Mundial ainda em andamento, a torcida brasileira permanece atenta e confiante, acompanhando cada combate e vibrando com as conquistas dos judocas que representam o país em Budapeste.

Com informações do: Metropoles