Em uma noite que reforçou a superioridade argentina no futebol sul-americano, a seleção de Lionel Scaloni derrotou o Chile por 1 a 0, em jogo válido pela 15ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. O gol solitário saiu aos pés de Julián Álvarez, após assistência primorosa de Thiago Almada, ex-jogador do Botafogo.

O que mais impressiona não é apenas o resultado, mas a maneira como a Argentina vem dominando as Eliminatórias. Desde a conquista da Copa do Mundo em 2022, a equipe parece ter encontrado uma fórmula vencedora que combina talento individual e coesão coletiva.

Panorama das Eliminatórias

Com essa vitória, a Argentina:

  • Consolida a liderança com 34 pontos

  • Mantém 10 pontos de vantagem sobre o Equador

  • Garante matematicamente sua vaga na Copa de 2026

Já o Chile:

  • Permanece na última posição com apenas 10 pontos

  • Enfrenta risco real de ficar fora do Mundial pela segunda vez consecutiva

  • Precisa de uma recuperação milagrosa nas rodadas restantes

Classificação atualizada

  1. Argentina - 34 pontos

  2. Equador - 24 pontos

  3. Paraguai - 24 pontos

  4. Brasil - 22 pontos

  5. Uruguai - 21 pontos

  6. Colômbia - 20 pontos

  7. Venezuela - 15 pontos

  8. Bolívia - 14 pontos

  9. Peru - 10 pontos

  10. Chile - 10 pontos

A diferença entre a Argentina e os demais concorrentes é tão significativa que levanta questões sobre o equilíbrio competitivo nas Eliminatórias Sul-Americanas. Enquanto os hermanos já podem pensar na preparação para a Copa, times tradicionalmente fortes como Chile e Peru lutam para não ficar fora do maior evento do futebol mundial.

O contraste entre as duas seleções

Enquanto a Argentina celebra mais uma vitória e a garantia antecipada da vaga, o Chile enfrenta uma crise sem precedentes. A geração que brilhou com Alexis Sánchez e Arturo Vidal parece não ter deixado herdeiros à altura. O técnico Ricardo Gareca, que assumiu o comando recentemente, ainda não conseguiu imprimir sua marca no time.

Os números são preocupantes: a seleção chilena marcou apenas 8 gols em 15 jogos, o pior ataque entre todos os participantes. E não é só isso. A defesa, outrora sólida, já sofreu 21 gols - só a Bolívia tem desempenho pior nesse aspecto.

O caminho da Argentina rumo à Copa

Do outro lado, a Argentina mostra porque é a atual campeã mundial. Scaloni conseguiu o raro equilíbrio entre manter os veteranos que ainda rendem (como Messi e Otamendi) e dar espaço para jovens talentos como Enzo Fernández e Julián Álvarez.

"Eles jogam como um time de clube", observou o técnico uruguaio Marcelo Bielsa após sua equipe perder para os argentinos. "Há uma compreensão tática que poucas seleções conseguem alcançar."

Matematicamente, o Chile ainda pode alcançar a repescagem, mas precisaria vencer todos os jogos restantes e torcer por uma combinação improvável de resultados. A última vez que o país ficou fora de duas Copas seguidas foi entre 1994 e 1998.

Já a Argentina tem agenda mais tranquila, com jogos contra Bolívia e Colômbia, onde Scaloni prometeu dar oportunidades para jogadores que têm atuado menos. "É importante manter a competitividade, mas também olhar para o futuro", declarou o técnico em coletiva pós-jogo.

Com informações do: Metropoles